Micorrizas

Muitos dos cogumelos comercializados são cultivados em fábricas onde as melhores condições artificiais são proporcionadas de forma a garantir uma boa produtividade.

Os cogumelos Shiitake e Pleurotus enquadram-se nesta categoria. Um outro grupo é formado pelos chamados fungos micorrízicos, os quais vivem associados às raízes das plantas, formando estruturas que se denominam de micorrizas.

 

 

 As micorrizas podem ser divididas em dois grandes grupos: endomicorrizas, onde o fungo se encontra principalmente no interior das raízes e as ectomicorrizas, onde o fungo se desenvolve à superfície da raiz.

 

 

Com a exceção de algumas espécies, as plantas agrícolas e hortícolas formam micorrizas arbusculares. Algumas árvores florestais também formam esse tipo de micorriza, mas a grande maioria das espécies florestais formam ectomicorrizas.

 

 

O principal efeito benéfico desta interação sob o sistema radicular da planta é o aumento da área de absorção de água e nutrientes. 

Sem micorrizas as plantas podem ficar atrofiadas e deficientes em macronutrientes como é o caso do fósforo. As micorrizas são, portanto, de grande importância na silvicultura e agricultura, bem como nos ecossistemas naturais.

 

Por todo o mundo o cultivo de plantas florestais baseia-se na utilização de misturas para envasamento constituídas por substratos comerciais, geralmente desprovidos de fungos micorrízicos. Muito embora os esporos de fungos possam encontrar acidentalmente o seu caminho para as plantas através de correntes de ar ou sistemas de ventilação, não é possível com tal procedimento garantir uma elevada e consistente taxa de micorrização das plantas. Para compensar esta falta de microorganismos benéficos, é comum a aplicação de grandes quantidades de nutrientes de forma a garantir que as plantas tenham uma aparência saudável. Essa aplicação de fertilizante pode inibir a formação de micorrizas, essas sim com efeito benéfico a longo prazo.

 

 


 

No entanto, é importante também referir que nos viveiros florestais há contaminantes residentes que podem formar micorrizas abundantes. É o caso de espécies pertencentes ao género Thelephora, cuja associação traz pouco ou nenhum benefício para a planta em fase de viveiro e após transplante. 

 

A especificidade da associação planta-fungo é elevada e, como tal, para que a planta consiga usufruir de todo o potencial trazido pela associação com fungos ectomicorrízicos, a escolha dos parceiros deverá ser criteriosa e apoiada em técnicas avançadas de biotecnologia.

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